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E começa a serie....

twonay32twonay32 Postagens: 159
editado 09.05.2015 em Arquivo - Entretenimento
Poemas caçados na net e postados em um fórum d.gif
e vamos começar com chave de ouro com o poema de V de Vingança 115.gif


"Voilà! À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos vítima e vilão pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança agora venera aquilo que uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança, uma vendeta, mantida votiva,não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão vindicar os vigilantes e os virtuosos. Verdadeiramente, esta vichyssoise de verbosidade vira mais verbose vis-a-vis uma introdução, então é minha boa honra conhecê-la e você pode me chamar de V."

e assim acaba o poema de V de Vingança, ate qualquer dia 7076.gif
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Comentários

  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 20.02.2015
    e vamos la para outro poema de um autor desconhecido 115.gif

    Morte no Escuro

    Tal mariposa
    Que sucumbe na luz
    O escuro me atrai para o fim

    Final, recomeço a pensar
    Hesitante no último olhar para traz
    Voltar agora ou nunca mais

    Um passo em vão
    Caio ao chão
    Na realidade de meu ato

    O sangue ao rosto ilumina
    Reflexo da vela poente
    Em morte vagarosa

    Será agora a decisão
    Levantar ou deixar escoar-se
    Meu sangue ao piso imundo

    O escuro agora assombra
    Foge a realidade lentamente
    A faca escapa da mão
    O desmaio se torna iminente

    e assim termina ''Morte no escuro'' de um autor desconhecido que eu tenho preguiça de pesquisar, ate qualquer dia d.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 20.02.2015
    e como nao tem nada pra fazer, eu vou postar outro 115.gif
    do parnasianista Olavo Bilac d.gif

    A Um Poeta

    Longe do estéril turbilhão da rua, Beneditino escreve! No aconchego Do claustro, na paciência e no sossego, Trabalha e teima, e lima , e sofre, e sua! Mas que na forma se disfarce o emprego Do esforço: e trama viva se construa De tal modo, que a imagem fique nua Rica mas sóbria, como um templo grego Não se mostre na fábrica o suplicio Do mestre. E natural, o efeito agrade Sem lembrar os andaimes do edifício: Porque a Beleza, gêmea da Verdade Arte pura, inimiga do artifício, É a força e a graça na simplicidade.


    e assim termina, ate qualquer dia fkr.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 21.02.2015
    e vamos postando um do Monteiro Lobato d.gif

    A natureza só permite aos gênios uma filha: sua obra.

    Um governo deve sair do povo como a fumaça de uma fogueira.

    Um país se faz com homens e livros.

    Erro pensar que é a ciência que mata uma religião. Só pode com ela outra religião.

    A consciência do homem comum mora no bolso, eis tudo.

    Um só campo existe aberto, hoje, para as obras esculturais de algum vulto: o cemitério.

    Ainda acabo fazendo livros onde as nossas crianças possam morar.

    Porque tenho sido tudo, e creio que minha verdadeira vocação é procurar o que valha a pena ser.

    Acho a criatura humana muito mais interessante no período infantil do que depois de idiotamente tornar-se adulta.

    Nunca no mundo uma bala matou uma idéia.

    Fui mexer na minha tremenda papelada epistolar e tonteei. É coisa demais. É um mundo.

    Para a treva só há um remédio, a luz.

    Os nomes que vimos pela primeira vez como tradutores perdem o prestígio, quando os vemos como autores. Há em nós a vaga impressão de que quem traduz não pode criar.

    Meu cavalo está cansado e o cavaleiro tem muita curiosidade em verificar, pessoalmente, se a morte é vírgula ou ponto final.


    e assim acaba, ate qualquer dia maniac.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 27.02.2015
    depois de um tempo de férias, voltamos com tudo 115.gif



    Poética

    Estou farto do lirismo comedido
    Do lirismo bem comportado
    Do lirismo funcionário público com livro de ponto expediente
    protocolo e manifestações de apreço ao Sr. diretor.
    Estou farto do lirismo que pára e vai averiguar no dicionário
    o cunho vernáculo de um vocábulo.
    Abaixo os puristas
    Todas as palavras sobretudo os barbarismos universais
    Todas as construções sobretudo as sintaxes de exceção
    Todos os ritmos sobretudo os inumeráveis
    Estou farto do lirismo namorador
    Político
    Raquítico
    Sifilítico
    De todo lirismo que capitula ao que quer que seja
    fora de si mesmo
    De resto não é lirismo
    Será contabilidade tabela de co-senos secretário do amante
    exemplar com cem modelos de cartas e as diferentes
    maneiras de agradar às mulheres, etc
    Quero antes o lirismo dos loucos
    O lirismo dos bêbedos
    O lirismo difícil e pungente dos bêbedos
    O lirismo dos clowns de Shakespeare

    - Não quero mais saber do lirismo que não é libertação.


    e assim termina ''Poética'' de Manuel Bandeira, até qualquer dia 7076.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 28.02.2015
    agora vamos postar mais um 115.gif
    se vcs acreditam em lendas, não não leia em voz alta, leia mentalmente, esse poema é de uma lenda do Japão e quem ler em voz alta, morre, eu li um pedaço em voz alta e sério, eu fiquei um pouco sem ar, não sei se foi o psicologico ou o poema mesmo, mas eu ja aviso isso, boa leitura.... Mentalmente


    Tomino's Hell

    A velha irmã vomita sangue, a jovem irmã cospe fogo.
    Doce Tomino cospe joias preciosas.
    Tomino morreu sozinha e caiu no inferno.
    Inferno, escuridão, sem flores.
    É a irmã mais velha de Tomino que a açoita?
    O número de vergões vermelhos é preocupante.
    Açoitando e batendo e espancando,
    O caminho para o inferno eterno é a única via.
    Implore por orientação na escuridão do inferno.
    Da ovelha dourada, ao rouxinol.
    Quanto falta na bolsa de couro,
    Prepare para a jornada infindável no inferno.
    Primavera vem e nos bosques e vales,
    Sete voltas no vale sombrio do inferno.
    Há um rouxinol na gaiola, no carrinho uma ovelha,
    Nos olhos da doce Tomino há lagrimas.
    Choro, rouxinol, para os bosques e a chuva
    Expressando seu amor por sua irmã.
    O eco do seu choro uiva pelo inferno,
    E uma flor vermelho-sangue desabrocha.
    Pelas sete montanhas e vales do inferno,
    Doce Tomino viaja sozinha.
    Para receber você no inferno,
    As estacas brilhantes da montanha espinhada
    Fresco espeto perfura na carne,
    Como um sinal para a doce Tomino.


    até qualquer dia gun.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 01.03.2015
    e então la vai mais um poema sombrio 115.gif


    SINO DE NINGUÉM

    Lá vem o garoto, com saltos e gritos,
    Estende o braço, assopra o assobio,
    Balança o sino, lança-o na velha,
    A velha xinga, o moleque se aborrece.
    “Pra cama moleque, ninguém te merece!”

    Lá vem o garoto, com lanças e agulhas,
    Sorri com sarcasmo e o gato perfura.
    O gato grita, a morte lhe espera,
    O garoto o chuta, e é gato na janela!

    Lá vem o garoto, tossindo e latindo,
    Aproxima-se a moça com um sorriso lindo,
    O garoto capeta cospe na loira feia,
    Garoto sapeca, foi parar na cadeia!

    Lá vem o garoto, sacudindo as algemas,
    Passou o guarda recitando um poema,
    O garoto o enforca,
    E foge da cela com um bom esquema.

    Lá vem o garoto, zomba do mendigo,
    O maltrapilho fedido se sente ofendido,
    Abre sua blusa, retira uma arma,
    Aperta o gatilho! Garoto leva um tiro.

    Lá se foi o garoto, largado na grama,
    A velha dá risada, o gato não reclama,
    A moça lhe agride com uma rama,
    Enquanto isso em seu peito, o sangue se esparrama.


    e assim termina, até qualquer dia, aceito sugestões 154fs82123.gif
  • CM iSacCM iSac Postagens: 2,190
    editado 03.03.2015
    twonay32 escreveu: »
    Poemas caçados na net e postados em um fórum d.gif
    e vamos começar com chave de ouro com o poema de V de Vingança 115.gif


    "Voilà! À vista, um humilde veterano vaudevilliano, apresentado vicariamente como ambos vítima e vilão pelas vicissitudes do Destino. Esta visagem, não mero verniz da vaidade, é ela vestígio da vox populi, agora vacante, vanescida, enquanto a voz vital da verossimilhança agora venera aquilo que uma vez vilificaram. Entretanto, esta valorosa visitação de uma antiga vexação, permanece vivificada, e há votado por vaporizar estes venais e virulentos verminados vanguardeiros vícios e favorecer a violentamente viciosa e voraciosa violação da volição. O único veredito é a vingança, uma vendeta, mantida votiva,não em vão, pelo valor e veracidade dos quais um dia deverão vindicar os vigilantes e os virtuosos. Verdadeiramente, esta vichyssoise de verbosidade vira mais verbose vis-a-vis uma introdução, então é minha boa honra conhecê-la e você pode me chamar de V."

    e assim acaba o poema de V de Vingança, ate qualquer dia 7076.gif

    Este é sem dúvida imbatível em inglês. :)

    O meu irmão também sabe este discurso de cor. O.o
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 03.03.2015
    é por isso que eu te amo cara, foi o único a responder esse tópico 156fs428254.gif
    mas como ele conseguiu decorar isso tudo cereal-guy-3.jpg
    eu não consigo nem decorar as minhas senhas onion011.gif

    agr vamos pra algum poema ou sei la se o que postei são poemas onion034.gif


    Os Sapos
    Enfunando os papos,
    Saem da penumbra,
    Aos pulos, os sapos.
    A luz os deslumbra.

    Em ronco que aterra,
    Berra o sapo-boi:
    - "Meu pai foi à guerra!"
    - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

    O sapo-tanoeiro,
    Parnasiano aguado,
    Diz: - "Meu cancioneiro
    É bem martelado.

    Vede como primo
    Em comer os hiatos!
    Que arte! E nunca rimo
    Os termos cognatos.

    O meu verso é bom
    Frumento sem joio.
    Faço rimas com
    Consoantes de apoio.

    Vai por cinquüenta anos
    Que lhes dei a norma:
    Reduzi sem danos
    A fôrmas a forma.

    Clame a saparia
    Em críticas céticas:
    Não há mais poesia,
    Mas há artes poéticas..."

    Urra o sapo-boi:
    - "Meu pai foi rei!"- "Foi!"
    - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!".

    Brada em um assomo
    O sapo-tanoeiro:
    - A grande arte é como
    Lavor de joalheiro.

    Ou bem de estatuário.
    Tudo quanto é belo,
    Tudo quanto é vário,
    Canta no martelo".

    Outros, sapos-pipas
    (Um mal em si cabe),
    Falam pelas tripas,
    - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!".

    Longe dessa grita,
    Lá onde mais densa
    A noite infinita
    Veste a sombra imensa;

    Lá, fugido ao mundo,
    Sem glória, sem fé,
    No perau profundo
    E solitário, é

    Que soluças tu,
    Transido de frio,
    Sapo-cururu
    Da beira do rio...

    Manuel Bandeira

    até qualquer dia 14.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 05.03.2015
    vamos postar agr um dos melhores contos que eu já vi, é simplesmente incrível esse conto, não da pra descrever e ele tbm é grande um pouco, mas msm assim é o melhor 115.gif

    I-Juca Pirama

    No meio das tabas de amenos verdores,
    Cercadas de troncos - cobertos de flores,
    Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
    São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
    Temíveis na guerra, que em densas coortes
    Assombram das matas a imensa extensão.
    São rudos, severos, sedentos de glória,
    Já prélios incitam, já cantam vitória,
    Já meigos atendem à voz do cantor:
    São todos Timbiras, guerreiros valentes!
    Seu nome lá voa na boca das gentes,
    Condão de prodígios, de glória e terror!
    As tribos vizinhas, sem forças, sem brio,
    As armas quebrando, lançando-as ao rio,
    O incenso aspiraram dos seus maracás:
    Medrosos das guerras que os fortes acendem,
    Custosos tributos ignavos lá rendem,
    Aos duros guerreiros sujeitos na paz.
    No centro da taba se estende um terreiro,
    Onde ora se aduna o concílio guerreiro
    Da tribo senhora, das tribos servis:
    Os velhos sentados praticam d’outrora,
    E os moços inquietos, que a festa enamora,
    Derramam-se em torno dum índio infeliz.
    Quem é? - ninguém sabe: seu nome é ignoto,
    Sua tribo não diz: - de um povo remoto
    Descende por certo - dum povo gentil;
    Assim lá na Grécia ao escravo insulano
    Tornavam distinto do vil muçulmano
    As linhas corretas do nobre perfil.
    Por casos de guerra caiu prisioneiro
    Nas mãos dos Timbiras: - no extenso terreiro
    Assola-se o teto, que o teve em prisão;
    Convidam-se as tribos dos seus arredores,
    Cuidosos se incubem do vaso das cores,
    Dos vários aprestos da honrosa função.
    Acerva-se a lenha da vasta fogueira
    Entesa-se a corda da embira ligeira,
    Adorna-se a maça com penas gentis:
    A custo, entre as vagas do povo da aldeia
    Caminha o Timbira, que a turba rodeia,
    Garboso nas plumas de vário matiz.
    Em tanto as mulheres com leda trigança,
    Afeitas ao rito da bárbara usança,
    índio já querem cativo acabar:
    A coma lhe cortam, os membros lhe tingem,
    Brilhante enduape no corpo lhe cingem,
    Sombreia-lhe a fronte gentil canitar,

    II

    Em fundos vasos d’alvacenta argila
    Ferve o cauim;
    Enchem-se as copas, o prazer começa,
    Reina o festim.
    O prisioneiro, cuja morte anseiam,
    Sentado está,
    O prisioneiro, que outro sol no ocaso
    Jamais verá!
    A dura corda, que lhe enlaça o colo,
    Mostra-lhe o fim
    Da vida escura, que será mais breve
    Do que o festim!
    Contudo os olhos d’ignóbil pranto
    Secos estão;
    Mudos os lábios não descerram queixas
    Do coração.
    Mas um martírio , que encobrir não pode,
    Em rugas faz
    A mentirosa placidez do rosto
    Na fronte audaz!
    Que tens, guerreiro? Que temor te assalta
    No passo horrendo?
    Honra das tabas que nascer te viram,
    Folga morrendo.
    Folga morrendo; porque além dos Andes
    Revive o forte,
    Que soube ufano contrastar os medos
    Da fria morte.
    Rasteira grama, exposta ao sol, à chuva,
    Lá murcha e pende:
    Somente ao tronco, que devassa os ares,
    O raio ofende!
    Que foi? Tupã mandou que ele caísse,
    Como viveu;
    E o caçador que o avistou prostrado
    Esmoreceu!
    Que temes, ó guerreiro? Além dos Andes
    Revive o forte,
    Que soube ufano contrastar os medos
    Da fria morte.

    III

    Em larga roda de novéis guerreiros
    Ledo caminha o festival Timbira,
    A quem do sacrifício cabe as honras,
    Na fronte o canitar sacode em ondas,
    O enduape na cinta se embalança,
    Na destra mão sopesa a iverapeme,
    Orgulhoso e pujante. - Ao menor passo
    Colar d’alvo marfim, insígnia d’honra,
    Que lhe orna o colo e o peito, ruge e freme,
    Como que por feitiço não sabido
    Encantadas ali as almas grandes
    Dos vencidos Tapuias, inda chorem
    Serem glória e brasão d’imigos feros.
    "Eis-me aqui", diz ao índio prisioneiro;
    "Pois que fraco, e sem tribo, e sem família,
    "As nossas matas devassaste ousado,
    "Morrerás morte vil da mão de um forte."
    Vem a terreiro o mísero contrário;
    Do colo à cinta a muçurana desce:
    "Dize-nos quem és, teus feitos canta,
    "Ou se mais te apraz, defende-te." Começa
    O índio, que ao redor derrama os olhos,
    Com triste voz que os ânimos comove.

    IV

    Meu canto de morte,
    Guerreiros, ouvi:
    Sou filho das selvas,
    Nas selvas cresci;
    Guerreiros, descendo
    Da tribo tupi.
    Da tribo pujante,
    Que agora anda errante
    Por fado inconstante,
    Guerreiros, nasci;
    Sou bravo, sou forte,
    Sou filho do Norte;
    Meu canto de morte,
    Guerreiros, ouvi.
    Já vi cruas brigas,
    De tribos imigas,
    E as duras fadigas
    Da guerra provei;
    Nas ondas mendaces
    Senti pelas faces
    Os silvos fugaces
    Dos ventos que amei.
    Andei longes terras
    Lidei cruas guerras,
    Vaguei pelas serras
    Dos vis Aimoréis;
    Vi lutas de bravos,
    Vi fortes - escravos!
    De estranhos ignavos
    Calcados aos pés.
    E os campos talados,
    E os arcos quebrados,
    E os piagas coitados
    Já sem maracás;
    E os meigos cantores,
    Servindo a senhores,
    Que vinham traidores,
    Com mostras de paz.
    Aos golpes do imigo,
    Meu último amigo,
    Sem lar, sem abrigo
    Caiu junto a mi!
    Com plácido rosto,
    Sereno e composto,
    O acerbo desgosto
    Comigo sofri.
    Meu pai a meu lado
    Já cego e quebrado,
    De penas ralado,
    Firmava-se em mi:
    Nós ambos, mesquinhos,
    Por ínvios caminhos,
    Cobertos d’espinhos
    Chegamos aqui!
    O velho no entanto
    Sofrendo já tanto
    De fome e quebranto,
    Só qu’ria morrer!
    Não mais me contenho,
    Nas matas me embrenho,
    Das frechas que tenho
    Me quero valer.
    Então, forasteiro,
    Caí prisioneiro
    De um troço guerreiro
    Com que me encontrei:
    O cru dessossêgo
    Do pai fraco e cego,
    Enquanto não chego
    Qual seja, - dizei!
    Eu era o seu guia
    Na noite sombria,
    A só alegria
    Que Deus lhe deixou:
    Em mim se apoiava,
    Em mim se firmava,
    Em mim descansava,
    Que filho lhe sou.
    Ao velho coitado
    De penas ralado,
    Já cego e quebrado,
    Que resta? - Morrer.
    Enquanto descreve
    O giro tão breve
    Da vida que teve,
    Deixai-me viver!
    Não vil, não ignavo,
    Mas forte, mas bravo,
    Serei vosso escravo:
    Aqui virei ter.
    Guerreiros, não coro
    Do pranto que choro:
    Se a vida deploro,
    Também sei morrer.

    V

    Soltai-o! - diz o chefe. Pasma a turba;
    Os guerreiros murmuram: mal ouviram,
    Nem pode nunca um chefe dar tal ordem!
    Brada segunda vez com voz mais alta,
    Afrouxam-se as prisões, a embira cede,
    A custo, sim; mas cede: o estranho é salvo.
    Timbira, diz o índio enternecido,
    Solto apenas dos nós que o seguravam:
    És um guerreiro ilustre, um grande chefe,
    Tu que assim do meu mal te comoveste,
    Nem sofres que, transposta a natureza,
    Com olhos onde a luz já não cintila,
    Chore a morte do filho o pai cansado,
    Que somente por seu na voz conhece.
    - És livre; parte.
    - E voltarei.
    - Debalde.
    - Sim, voltarei, morto meu pai.
    - Não voltes!
    É bem feliz, se existe, em que não veja,
    Que filho tem, qual chora: és livre; parte!
    - Acaso tu supões que me acobardo,
    Que receio morrer!
    - És livre; parte!
    - Ora não partirei; quero provar-te
    Que um filho dos Tupis vive com honra,
    E com honra maior, se acaso o vencem,
    Da morte o passo glorioso afronta.
    - Mentiste, que um Tupi não chora nunca,
    E tu choraste!... parte; não queremos
    Com carne vil enfraquecer os fortes.
    Sobresteve o Tupi: - arfando em ondas
    O rebater do coração se ouvia
    Precípite. - Do rosto afogueado
    Gélidas bagas de suor corriam:
    Talvez que o assaltava um pensamento...
    Já não... que na enlutada fantasia,
    Um pesar, um martírio ao mesmo tempo,
    Do velho pai a moribunda imagem
    Quase bradar-lhe ouvia: - Ingrato! Ingrato!
    Curvado o colo, taciturno e frio.
    Espectro d’homem, penetrou no bosque!

    VI

    - Filho meu, onde estás?
    - Ao vosso lado;
    Aqui vos trago provisões; tomai-as,
    As vossas forças restaurai perdidas,
    E a caminho, e já!
    - Tardaste muito!
    Não era nado o sol, quando partiste,
    E frouxo o seu calor já sinto agora!
    - Sim demorei-me a divagar sem rumo,
    Perdi-me nestas matas intrincadas,
    Reaviei-me e tornei; mas urge o tempo;
    Convém partir, e já!
    - Que novos males
    Nos resta de sofrer? - que novas dores,
    Que outro fado pior Tupã nos guarda?
    - As setas da aflição já se esgotaram,
    Nem para novo golpe espaço intacto
    Em nossos corpos resta.
    - Mas tu tremes!
    - Talvez do afã da caça....
    - Oh filho caro!
    Um quê misterioso aqui me fala,
    Aqui no coração; piedosa fraude
    Será por certo, que não mentes nunca!
    Não conheces temor, e agora temes?
    Vejo e sei: é Tupã que nos aflige,
    E contra o seu querer não valem brios.
    Partamos!... -
    E com mão trêmula, incerta
    Procura o filho, tacteando as trevas
    Da sua noite lúgubre e medonha.
    Sentindo o acre odor das frescas tintas,
    Uma idéia fatal ocorreu-lhe à mente...
    Do filho os membros gélidos apalpa,
    E a dolorosa maciez das plumas
    Conhece estremecendo: - foge, volta,
    Encontra sob as mãos o duro crânio,
    Despido então do natural ornato!...
    Recua aflito e pávido, cobrindo
    Às mãos ambas os olhos fulminados,
    Como que teme ainda o triste velho
    De ver, não mais cruel, porém mais clara,
    Daquele exício grande a imagem viva
    Ante os olhos do corpo afigurada.
    Não era que a verdade conhecesse
    Inteira e tão cruel qual tinha sido;
    Mas que funesto azar correra o filho,
    Ele o via; ele o tinha ali presente;
    E era de repetir-se a cada instante.
    A dor passada, a previsão futura
    E o presente tão negro, ali os tinha;
    Ali no coração se concentrava,
    Era num ponto só, mas era a morte!
    - Tu prisioneiro, tu?
    - Vós o dissestes.
    - Dos índios?
    - Sim.
    - De que nação?
    - Timbiras.
    - E a muçurana funeral rompeste,
    Dos falsos manitôs quebrastes maça...
    - Nada fiz... aqui estou.
    - Nada! -
    Emudecem;
    Curto instante depois prossegue o velho:
    - Tu és valente, bem o sei; confessa,
    Fizeste-o, certo, ou já não fôras vivo!
    - Nada fiz; mas souberam da existência
    De um pobre velho, que em mim só vivia....
    - E depois?...
    - Eis-me aqui.
    - Fica essa taba?
    - Na direção do sol, quando transmonta.
    - Longe?
    - Não muito.
    - Tens razão: partamos.
    - E quereis ir?...
    - Na direção do acaso.

    VII

    "Por amor de um triste velho,
    Que ao termo fatal já chega,
    Vós, guerreiros, concedestes
    A vida a um prisioneiro.
    Ação tão nobre vos honra,
    Nem tão alta cortesia
    Vi eu jamais praticada
    Entre os Tupis, - e mas foram
    Senhores em gentileza.
    "Eu porém nunca vencido,
    Nem nos combates por armas,
    Nem por nobreza nos atos;
    Aqui venho, e o filho trago.
    Vós o dizeis prisioneiro,
    Seja assim como dizeis;
    Mandai vir a lenha, o fogo,
    A maça do sacrifício
    E a muçurana ligeira:
    Em tudo o rito se cumpra!
    E quando eu for só na terra,
    Certo acharei entre os vossos,
    Que tão gentis se revelam,
    Alguém que meus passos guie;
    Alguém, que vendo o meu peito
    Coberto de cicatrizes,
    Tomando a vez de meu filho,
    De haver-me por se ufane!"
    Mas o chefe dos Timbiras,
    Os sobrolhos encrespando,
    Ao velho Tupi guerreiro
    Responde com tôrvo acento:
    - Nada farei do que dizes:
    É teu filho imbele e fraco!
    Aviltaria o triunfo
    Da mais guerreira das tribos
    Derramar seu ignóbil sangue:
    Ele chorou de cobarde;
    Nós outros, fortes Timbiras,
    Só de heróis fazemos pasto. -
    Do velho Tupi guerreiro
    A surda voz na garganta
    Faz ouvir uns sons confusos,
    Como os rugidos de um tigre,
    Que pouco a pouco se assanha!

    VIII

    "Tu choraste em presença da morte?
    Na presença de estranhos choraste?
    Não descende o cobarde do forte;
    Pois choraste, meu filho não és!
    Possas tu, descendente maldito
    De uma tribo de nobres guerreiros,
    Implorando cruéis forasteiros,
    Seres presa de via Aimorés.
    "Possas tu, isolado na terra,
    Sem arrimo e sem pátria vagando,
    Rejeitado da morte na guerra,
    Rejeitado dos homens na paz,
    Ser das gentes o espectro execrado;
    Não encontres amor nas mulheres,
    Teus amigos, se amigos tiveres,
    Tenham alma inconstante e falaz!
    "Não encontres doçura no dia,
    Nem as cores da aurora te ameiguem,
    E entre as larvas da noite sombria
    Nunca possas descanso gozar:
    Não encontres um tronco, uma pedra,
    Posta ao sol, posta às chuvas e aos ventos,
    Padecendo os maiores tormentos,
    Onde possas a fronte pousar.
    "Que a teus passos a relva se torre;
    Murchem prados, a flor desfaleça,
    E o regato que límpido corre,
    Mais te acenda o vesano furor;
    Suas águas depressa se tornem,
    Ao contacto dos lábios sedentos,
    Lago impuro de vermes nojentos,
    Donde fujas com asco e terror!
    "Sempre o céu, como um teto incendido,
    Creste e punja teus membros malditos
    E oceano de pó denegrido
    Seja a terra ao ignavo tupi!
    Miserável, faminto, sedento,
    Manitôs lhe não falem nos sonhos,
    E do horror os espectros medonhos
    Traga sempre o cobarde após si.
    "Um amigo não tenhas piedoso
    Que o teu corpo na terra embalsame,
    Pondo em vaso d’argila cuidoso
    Arco e frecha e tacape a teus pés!
    Sê maldito, e sozinho na terra;
    Pois que a tanta vileza chegaste,
    Que em presença da morte choraste,
    Tu, cobarde, meu filho não és."

    IX

    Isto dizendo, o miserando velho
    A quem Tupã tamanha dor, tal fado
    Já nos confins da vida reservada,
    Vai com trêmulo pé, com as mãos já frias
    Da sua noite escura as densas trevas
    Palpando. - Alarma! alarma! - O velho pára!
    O grito que escutou é voz do filho,
    Voz de guerra que ouviu já tantas vezes
    Noutra quadra melhor. - Alarma! alarma!
    - Esse momento só vale a pagar-lhe
    Os tão compridos trances, as angústias,
    Que o frio coração lhe atormentaram
    De guerreiro e de pai: - vale, e de sobra.
    Ele que em tanta dor se contivera,
    Tomado pelo súbito contraste,
    Desfaz-se agora em pranto copioso,
    Que o exaurido coração remoça.
    A taba se alborota, os golpes descem,
    Gritos, imprecações profundas soam,
    Emaranhada a multidão braveja,
    Revolve-se, enovela-se confusa,
    E mais revolta em mor furor se acende.
    E os sons dos golpes que incessantes fervem,
    Vozes, gemidos, estertor de morte
    Vão longe pelas ermas serranias
    Da humana tempestade propagando
    Quantas vagas de povo enfurecido
    Contra um rochedo vivo se quebravam.
    Era ele, o Tupi; nem fora justo
    Que a fama dos Tupis - o nome, a glória,
    Aturado labor de tantos anos,
    Derradeiro brasão da raça extinta,
    De um jacto e por um só se aniquilasse.
    - Basta! Clama o chefe dos Timbiras,
    - Basta, guerreiro ilustre! Assaz lutaste,
    E para o sacrifício é mister forças. -
    O guerreiro parou, caiu nos braços
    Do velho pai, que o cinge contra o peito,
    Com lágrimas de júbilo bradando:
    "Este, sim, que é meu filho muito amado!
    "E pois que o acho enfim, qual sempre o tive,
    "Corram livres as lágrimas que choro,
    "Estas lágrimas, sim, que não desonram."

    X

    Um velho Timbira, coberto de glória,
    Guardou a memória
    Do moço guerreiro, do velho Tupi!
    E à noite, nas tabas, se alguém duvidava
    Do que ele contava,
    Dizia prudente: - "Meninos, eu vi!
    "Eu vi o brioso no largo terreiro
    Cantar prisioneiro
    Seu canto de morte, que nunca esqueci:
    Valente, como era, chorou sem ter pejo;
    Parece que o vejo,
    Que o tenho nest’hora diante de mi.
    "Eu disse comigo: Que infâmia d’escravo!
    Pois não, era um bravo;
    Valente e brioso, como ele, não vi!
    E à fé que vos digo: parece-me encanto
    Que quem chorou tanto,
    Tivesse a coragem que tinha o Tupi!"
    Assim o Timbira, coberto de glória,
    Guardava a memória
    Do moço guerreiro, do velho Tupi.
    E à noite nas tabas, se alguém duvidava
    Do que ele contava,
    Tornava prudente: "Meninos, eu vi!".

    FIM

    e esse foi i-juca pirama, até qualquer dia d.gif
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 08.03.2015
    e vamos a mais um 128fs81179.gif

    O Pássaro Cativo

    Armas, num galho de árvore, o alçapão E, em breve, uma avezinha descuidada, Batendo as asas cai na escravidão. Dás-lhe então, por esplêndida morada, Gaiola dourada; Dás-lhe alpiste, e água fresca, e ovos e tudo. Por que é que, tendo tudo, há de ficar O passarinho mudo, Arrepiado e triste sem cantar? É que, criança, os pássaros não falam. Só gorjeando a sua dor exalam, Sem que os homens os possam entender; Se os pássaros falassem, Talvez os teus ouvidos escutassem Este cativo pássaro dizer: "Não quero o teu alpiste! Gosto mais do alimento que procuro Na mata livre em que voar me viste; Tenho água fresca num recanto escuro Da selva em que nasci; Da mata entre os verdores, Tenho frutos e flores Sem precisar de ti! Não quero a tua esplêndida gaiola! Pois nenhuma riqueza me consola, De haver perdido aquilo que perdi... Prefiro o ninho humilde construído De folhas secas, plácido, escondido. Solta-me ao vento e ao sol! Com que direito à escravidão me obrigas? Quero saudar as pombas do arrebol! Quero, ao cair da tarde, Entoar minhas tristíssimas cantigas! Por que me prendes? Solta-me, covarde! Deus me deu por gaiola a imensidade! Não me roubes a minha liberdade... Quero voar! Voar! Estas cousas o pássaro diria, Se pudesse falar, E a tua alma, criança, tremeria, Vendo tanta aflição, E a tua mão tremendo lhe abriria A porta da prisão...


    vai bugado assim msm fight.gif
    até qualquer dia onion021.gif
  • John Locke (BR1)John Locke (BR1) Postagens: 285
    editado 21.03.2015
    legarrrrrr'
    '
  • SystemSystem Postagens: 106,969
    editado 21.03.2015
    A amizade é um casamento de almas entre dois homens ou de duas mulheres de bem. Pois os maus tem cúmplices. Os voluptuosos tem companheiros de deboche. Os interesseiros tem sócios. Os políticos atraem os facciosos. Os príncipes tem cortesãos. Só os homens e mulheres de bem tem amigos. (AUTOR DESCONHECIDOS)
  • twonay32twonay32 Postagens: 159
    editado 30.03.2015
    eu amo todo mundo que posta nesse tópico bad-luck-brian.jpg

    agora um da cecília meireles bl8.gif

    Tanto é o sangue
    que os rios desistem de seu ritmo,
    e o oceano delira
    e rejeita as espumas vermelhas.

    Tanto é o sangue
    que até a lua se levanta horrível,
    e erra nos lugares serenos,
    sonâmbula de auréolas rubras,
    com o fogo do inferno em suas madeixas.

    Tanta é a morte
    que nem os rostos se conhecem, lado a lado,
    e os pedaços de corpo estão por ali como tábuas sem uso.

    Oh, os dedos com alianças perdidos na lama...
    Os olhos que já não pestanejam com a poeira...
    As bocas de recados perdidos...
    O coração dado aos vermes, dentro dos densos uniformes...

    Tanta é a morte
    que só as almas formariam colunas,
    as almas desprendidas... — e alcançariam as estrelas.

    E as máquinas de entranhas abertas,
    e os cadáveres ainda armados,
    e a terra com suas flores ardendo,
    e os rios espavoridos como tigres, com suas máculas,
    e este mar desvairado de incêndios e náufragos,
    e a lua alucinada de seu testemunho,
    e nós e vós, imunes,
    chorando, apenas, sobre fotografias,
    — tudo é um natural armar e desarmar de andaimes
    entre tempos vagarosos,
    sonhando arquiteturas.

    falou proceis bc3.gif
  • Erica_Adm (BR1)Erica_Adm (BR1) Postagens: 1,045
    editado 18.04.2015
    twonay32 escreveu: »
    eu amo todo mundo que posta nesse tópico bad-luck-brian.jpg

    agora um da cecília meireles bl8.gif

    Tanto é o sangue
    que os rios desistem de seu ritmo,
    e o oceano delira
    e rejeita as espumas vermelhas.

    Tanto é o sangue
    que até a lua se levanta horrível,
    e erra nos lugares serenos,
    sonâmbula de auréolas rubras,
    com o fogo do inferno em suas madeixas.

    Tanta é a morte
    que nem os rostos se conhecem, lado a lado,
    e os pedaços de corpo estão por ali como tábuas sem uso.

    Oh, os dedos com alianças perdidos na lama...
    Os olhos que já não pestanejam com a poeira...
    As bocas de recados perdidos...
    O coração dado aos vermes, dentro dos densos uniformes...

    Tanta é a morte
    que só as almas formariam colunas,
    as almas desprendidas... — e alcançariam as estrelas.

    E as máquinas de entranhas abertas,
    e os cadáveres ainda armados,
    e a terra com suas flores ardendo,
    e os rios espavoridos como tigres, com suas máculas,
    e este mar desvairado de incêndios e náufragos,
    e a lua alucinada de seu testemunho,
    e nós e vós, imunes,
    chorando, apenas, sobre fotografias,
    — tudo é um natural armar e desarmar de andaimes
    entre tempos vagarosos,
    sonhando arquiteturas.

    falou proceis bc3.gif

    E por falar em Cecília Meireles...

    Canção
    Pus o meu sonho num navio
    e o navio em cima do mar;
    - depois, abri o mar com as mãos,
    para o meu sonho naufragar

    Minhas mãos ainda estão molhadas
    do azul das ondas entreabertas,
    e a cor que escorre de meus dedos
    colore as areias desertas.

    O vento vem vindo de longe,
    a noite se curva de frio;
    debaixo da água vai morrendo
    meu sonho, dentro de um navio...

    Chorarei quanto for preciso,
    para fazer com que o mar cresça,
    e o meu navio chegue ao fundo
    e o meu sonho desapareça.

    Depois, tudo estará perfeito;
    praia lisa, águas ordenadas,
    meus olhos secos como pedras
    e as minhas duas mãos quebradas.


    Não desanimes.. Vale a pena investir seu tempo em poesia.. :)
  • kcabralkcabral Postagens: 2,860
    editado 20.04.2015
    Cecilia Meireles é uma escola aqui perto de casa
  • greenchris (PT1)greenchris (PT1) PT1 Postagens: 669
    editado 20.04.2015
    Sem o que escrever
    Cheio que dizer
    Mas a pena só se move,
    se houver verdadeiro verso.

    Tenho que justificar
    a folha que as vezes
    amarelece,
    ação do tempo pra amadurecer o verbo.

    By:. Paulo Henrique Batista dos Reis
  • greenchris (PT1)greenchris (PT1) PT1 Postagens: 669
    editado 20.04.2015
    quando parece
    terem sido ditas todas as palavras...

    quando parece
    terem sido pensados todos os aforismos...

    quando parece
    terem sido tecidas todas as tramas...

    quando parece
    terem sido gemidos todos os suspiros...

    um novo sonho vem
    e recria
    suspiros, tramas, aforismos, palavras,
    para dar à alma cansada do homem
    um novo alento

    ANDRE MULLER

  • greenchris (PT1)greenchris (PT1) PT1 Postagens: 669
    editado 20.04.2015
    Há dias longos
    de horas que se arrastam
    INtERMINAVELMENTE...............

    Tarefas que são pesadelos
    Pesadelos que são reais.

    Escuridão,
    Tuneis sem fim,
    Poços sem fundo.
    Dias que são só minutos doloridos.
    Segundos que corroem
    Os sonhos mais puros.

    Há dias que não são dias.
    São como noites sem fim.
    E este é um daqueles
    QUE simplesmente é para esquecer.

    Paula Oliveira
    [IMG]http://pt.board.goodgamestudios.com/bigfarm/image/jpeg;base64,/9j/4AAQSkZJRgABAQAAAQABAAD/2wCEAAkGBxQTEhUUExQWFhUXGCAaGRgYFxwcHBweGhwYGBwcGBoYHCggGBwlHBoaIjEhJSkrLi4uHB8zODMsNygtLisBCgoKDg0OGxAQGywkHyQ3Li80LCwsLCwsLy81LCwsLzQsLCwsLCwsLCwtLC8sLCwsLCwsLCw2LCwsLCwsLCwsLP/AABEIALwBDAMBIgACEQEDEQH/xAAcAAACAgMBAQAAAAAAAAAAAAAFBgMEAQIHAAj/xAA EAABAwIEBAQEBAUDAwUBAAABAgMRACEEBRIxBkFRYRMicYEykaGxFELB0QcjUuHwM3LxFWKCJFNjksJD/8QAGgEAAgMBAQAAAAAAAAAAAAAAAgMAAQQFBv/EADERAAICAQMCBAUCBgMAAAAAAAABAhEDEiExBEETIlHwYYGRsdFxoQUjMkLB4RQk8f/aAAwDAQACEQMRAD8A5S9hdSbfENu/ahyVwe4P2ppYbgDr 1LeYoAcVGxM/Ol453sbeqw6UpocQyITHMT7GouJ8qUUeIOV/wC1EchYV HR4guoCJ3gC1ND HSpiD0 2xPasevTI6UoqeLS 4uZNi2/ nAH40Az86D8PPzi2FKgAhRA 1BMU4pC1tg VRt7mKkW8Wn2idkkfKtHhreu9/YxeK9KT7NJ/X/Q58WZkRB1X17dBt/nvSRmrqTpUNyST9Pp 9E87xXilUczS/iJ8wMeVVr9bWHPYH/mg6eNUH1uSo6Vwa MY0ydMzpm07TG01Yw ILSgpH ok2/ztUiMjfLH4kIloTJBEgAxJG8T9qorURHXf57VqtPg5iuO51B5hteksmUrR4kd5EiD3Jqxm/DWIdZbWhlSgYSNMXFhcdJNJOWZhqt/SJF42iRX0Tw3jm3MvacSR5ECQDsU1k8PS92dfJ1PkUo73sBcty8spLSk6SEgkW5zMR71xXjLCy6qNwpVzzAJr6Bz5aS8SCLtpE 6iBPoa4tx835ioROgn3M0MNp2i4LxMUtS5SEBXwg9z8rfrRBnwjhFK1JS8h0aR ZaVAAj0EE 1DnHdQGw0pj1v8Ae9EOGckXjHw0gGIJWQPhSBufoK2Se1s5MP6qW9lJlgkaiCEX83p/emTIeNcSww1h8OBrDiokAg J WOuo1XyzAh3CkFfwqHIQkKuPqPvQLA4pTDyHAPM2sKj/aQY96qSU1TXA1xeJRkntJf jFicnxL6HCtkoew6NTpXIU4g6ilQTF1DSq4N7UObcCGlFskakwTzvYinniTihWFzZp4z4XhgLAHxoUVTvvBg x60g8Q4fwn3mhsl1UQZGk ZJt/2kUOGTa3Bzxp2nudYYxDOb5evCtukOsmU67E6Z0FXZV/Se1cdxSFNrW2r4kKKVAGRKSQY63FMvBGYKw7GMfTYpSnSrlq84A ZFLGPxKnXFOK JxRUekm5270OFOMpJcEzPVGMny/yfRH8Lc3QvLcOebafDUOhSopHzAB96GfxBw6jilLWmGy2AlQvcQb 5rnf8Is28HFqQpSUtOIJcJ/ MFSTPKFfeunY7HDHZWcQEkSCqDvAUP0FLS8PLfvcdjWuG3PArcMYca3Qu6C2Qq9vNN6izRpvBqSVSEOJJt1mRM9lfShuWZp4ay7Ep0kLT3iB9/vTOhbWKU80tIPkARMSLXjvNB1Sqd9jf0yfgp 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  • SystemSystem Postagens: 106,969
    editado 09.05.2015
    Poema de amorA lua foi ao cinema,
    passava um filme engraçado,
    a história de uma estrela
    que não tinha namorado.

    A lua ficou tão triste
    com aquela história de amor
    que até hoje a lua insiste:
    — Amanheça, por favor!

  • HALF-LIFE 2 (BR1)HALF-LIFE 2 (BR1) Postagens: 435
    legal twonay, continue onion034gif
  • 69Crazy69 (BR1)69Crazy69 (BR1) Postagens: 260
    - " O amor tem as suas razões, que a lógica não compreende, como o destino tem as suas ironias que a razão não explica..."

    - Autor: Desconhecido.
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