Início Portuguese Arquivo - Entretenimento

A Minha História do Passatempo de Natal [Versão completa]

Quando comecei a escrever a história do passatempo, dei por mim com o limite de linhas excedido (e não foi por pouco). Acho que fiz o equivalente a umas 3 histórias juntas em tamanho :p .

Por isso tive de cortar e resumir muita coisa, algumas contra minha vontade, porque sinto que eram essas partes que davam graça à história. Por isso, para quem quiser, está aqui a versão completa (e gigantesca) da história. :) 

---------

Acordei a sentir-me estranho, como se algo tivesse mudado. Abri os olhos e estava tudo escuro. Mas isso não fazia sentido, a porta do meu quarto está sempre entreaberta, deixando as luzes do pinheiro de Natal iluminarem suavemente o meu quarto...

Levantei-me, sem acender a luz, e fui abrir a porta. Mas, em vez de ir ao encontro da porta, tropecei, e caí em cima de algo fofo. Parecia outra cama! Ouvi um grito e logo de seguida a luz acendeu-se.

_ O que é que te deu? – Exclamou um menino ruivo, em cima do qual tinha caído.

E qual não foi o meu espanto… A porta estava no sítio oposto àquele onde eu estava a ir. Onde estava eu? Não era no meu quarto de certeza, a menos que tenham feito remodelações em mobília, estrutura e dimensões enquanto dormia! Olhei para o menino deitado, novamente. Era igualzinho ao…

_ Nãooo…. Não pode ser que… - Gaguejei.

_ Irmão, está tudo bem contigo? - Interrompeu, preocupado.

_ Irmão?! - Exclamei, incrédulo.

Estaria a sonhar?! Olhei para o relógio para saber as horas. Passavam 5 minutos da meia noite. A superfície do relógio era ligeiramente espelhada, o que me permitiu descobrir que eu era igualzinho ao menino… Era o seu irmão gémio! Eu... Eu estava dentro... do BigFarm!

Agora lembrava-me! Estava na Consoada de Natal, com um temporal intenso lá fora, não largava o jogo por um único segundo. Lembro-me de ouvir alguém a comentar que faltava menos de 1 minuto para se abrir as prendas, ouviu-se um trovão e ali estava eu transportado para o universo BigFarm.

_ Sim, tudo ótimo! E não podia estar melhor - afirmei, depois de me recompor. E não estava de maneira nenhuma a mentir. Poderia haver melhor presente de Natal do que aquele?

Voltei para a minha cama, desliguei a luz e tentei dormir. Como era de esperar não conseguia, por duas razões: primeiro estava ansioso por chegar o dia, depois porque tinha medo que, ao adormecer, acordasse novamente no mundo real.

Mal chegou o dia, fui a correr tomar o pequeno almoço, e surgiu-me uma dúvida terrível: Eu era o Jim, ou era o Jack? Decidi escolher um dos papeis e ver se alguém estranhava. Fiz de Jack, porque o meu irmão parecia ter estado muito sossegado a noite inteira. Despejei a tigela cheia de cereais melados em cima do Jim, e ele ficou com o cabelo todo colado.

_ JIM! O QUE É QUE TE DEU?! - Exclamou a nossa mãe, mostrando que eu não acertara ao tentar adivinhar.

_ Ah, já percebi o jogo... - afirmou o irmão com o cabelo cheio de cereais, que agora eu sabia que era o Jack, e não o Jim - Queres experimentar como é ser malvado por um dia... Bem, como sempre, no Natal, eu não prego partidas, por isso estás por tua conta. Eu não te irei ajudar.

_ Ora, essa! Era só o que me faltava... Livro-me de uma peste por um dia e ganho outra! - Comentou a mãe.

 E agora tinha o disfarce perfeito! Podia tentar fazer-me passar pelo Jim em versão malvada, e se fizesse algo de errado, podia simplesmente explicar que isto de ser mau era novo para mim, e ninguém desconfiaria! Assim não causaria nenhum desequilíbrio no universo do BigFarm. Nem queria imaginar o que um desequilíbrio poderia causar! Talvez uma mudança radical no jogo, ou até a sua própria destruição...

Passei o dia inteiro a fazer partidas! Que divertido! Devia também fazer aquilo no mundo real... Entreguei presentes que,na verdade, eram lançadores de tartes ativados ao abrir; fiz muita gente tropeçar em cascas de bananas escorredias; deixei bombas de mal cheiro em cima de cadeiras e sofás e esperei que alguém se sentasse nelas, e preguei muitas outras partidas.

Só cheguei a casa pouco antes da meia noite. Quando a minha mãe abriu a porta, lembrei-me porque não devo fazer partidas.

_ JIM! Só chegaste a estas horas?!  E nem imaginas a quantidade de queixas que recebi da vizinhança! Vais apanhar um valente castigo... - Ralhou, agarrando-me pela orelha - Uma semana inteira no teu quarto, e só sais para o essencial, como comer, dormir, ou ir para a escola!

Isto era horrível! Eu não queria ficar de castigo... Ainda por cima estar a ser ralhado por alguém que não era a minha mãe! Ou seria? E se agora eu nunca mais voltasse e aquela fosse a minha família? Um enorme desejo de regressar à Consoada de Natal, com a minha verdadeira família, apoderou-se de mim...

De repente começou a chover, primeiro miudinho, mas em menos de um minuto intensificou-se bastante. Uma ventania começou a percorrer a casa inteira, numa corrente de ar que passava por todos os seus cantos.

_ O que... é... que...? - Gaguejou a mãe, largando-me.

Uma esperança tomou conta de mim. Fui a correr até ao nosso quarto, o único sítio que sabia existir um relógio naquele mundo. A minha intuição estava certa! Faltava 1 minuto para a meia noite!

Voltei a correr, desta vez para fora de casa, sem me proteger da chuva. Bendita tempestade! O meu bilhete de volta! Ia a correr em direção a um campo onde pudesse estar completamente desabrigado da tempestade, o que era irónico, pensando agora. Pelo caminho, o vento empurrava-me constantemente, e eu quase levantava voo, de tão intenso que estava. Deu-se um clarão, provavelmente um trovão, como o que me transportou da última vez, e eu nem tive tempo de pensar. Quando dei por mim, estava tudo escuro à minha volta.

Acendi a luz do quarto, para confirmar. Sim! Era o meu quarto! Que feliz que estava! Tinha voltado! Só era pena ter perdido o dia de Natal... Mas não havia nada a fazer.

Decidi, por curiosidade, ligar o bigfarm. O evento "Não é deste mundo" tinha sido cancelado, e Jack alegava que "o seu parceiro detetive estava de castigo e a investigação tivera de ser interrompida". E o evento "Bonzinho ou Malvado" só tinha a banca do Bonzinho, e quem estava a vender os produtos era o Jack! Que reviravolta radical! Já imaginava a onda de reclamações que iria abalar o fórum no dia seguinte...

Comentários

  • Coxa e.e (BR1)Coxa e.e (BR1) Postagens: 10
    incrivel  <3
    so em algumas partes que boiei, pq vc é de portugas e escreve estranho xD
    tirando isso, fantastico 
  • CM iSacCM iSac Postagens: 2,190
    Muito boa história Gonçalo! Tens muito jeito para escrever e conseguiste prender-me do início até ao fim do texto. :)

    Precisamos de mais histórias assim pelo fórum. Que maravilha!

    Abraço e continua ;)
  • Goncalerta (PT1)Goncalerta (PT1) Postagens: 2,787
    incrivel  <3
    so em algumas partes que boiei, pq vc é de portugas e escreve estranho xD
    tirando isso, fantastico 
    Obrigado.
    Não te preocupes, sinto o mesmo de vocês :p 
    às vezes tenho de reler a mesma frase brasileira não-sei-quantas vezes para realmente a perceber. Não é de não saber o que significa, mas acabo por me perder e precisar de recomeçar :p 

    CM iSac disse: Muito boa história Gonçalo! Tens muito jeito para escrever e conseguiste prender-me do início até ao fim do texto. :)

    Precisamos de mais histórias assim pelo fórum. Que maravilha!

    Abraço e continua ;)
    Obrigado.
    Uma vez comecei uma história que uniria todos os universos GGS, mas acabei por desinteressar-me do projeto :p 
  • CM iSacCM iSac Postagens: 2,190
    Gostava de a ter lido. Mas agora que estás no Big Farm, vamos ver se este ano teremos conteúdo mais inspirador para poderes partilhar outras histórias.  :)
  • Goncalerta (PT1)Goncalerta (PT1) Postagens: 2,787
    CM iSac disse:
    Gostava de a ter lido. Mas agora que estás no Big Farm, vamos ver se este ano teremos conteúdo mais inspirador para poderes partilhar outras histórias.  :)
    Eu tinha começado este verão, já estava no bigfarm :p 
    Iria unir o BigFarm, Empire, Mafia/Gangster, Galaxy, etc...
    Mas depois desinteressei-me

    Se retomasse o projeto provavelmente recomeçaria a história, porque não estava a gostar muito do rumo daquela.
  • Goncalerta (PT1)Goncalerta (PT1) Postagens: 2,787
    editado 04.01.2016

    Está aqui o rascunho, se tiveres curiosidade...
    Como podes ver é enorme xD

    É a primeira vez que posto isto no fórum, nunca tinha chegado a passar da minha folha de Word :p 

    Era para só mostrar a todos após terminar, mas como desisti de o terminar, não vale a pena manter o segredo :p 

    ------------

    Capítulo 1 - O Sonho


    O Fazendeiro (GGBF)


    _ Tessa, já te disse, eu vi-o, era real! - Insisti, já a perder a paciência.


    _ Sim, eu acredito que tenhas visto, mas não era real! Deve ter sido um sonho… Pensei que conseguisses distinguir os sonhos da realidade - Ripostou.


    _ E consigo! E é por isso que eu sei que era real! Eu estava demasiado lúcido para ter sido um sonho - Neguei.


    Seguiu-se uma pausa na discussão, enquanto Tessa pagava ao mercador do mercado orgânico pelos produtos que tinha comprado.


    _ Não… Não achas que estou a ficar maluco, pois não? - Prossegui.


    _ Não, não, claro que não! - Afirmou - De maneira alguma! Estás apenas um pouco confuso, o sonho deve ter-te abalado por algum motivo. Aconteceu alguma coisa no sonho que te possa ter abalado? - Perguntou.


    _ Não… Acho eu… - Disse, incerto.


    _ Pensa nisso. E depois vem falar comigo - Aconselhou a Tessa.


    Seguimos cada um para a sua fazenda. Estava tão absorvido nos meus pensamentos que não me dera conta da agitação nuns arbustos não muito longe dali. Assim que estávamos suficientemente afastados, um vulto esgueirou-se e entrou pelo mercado como se nada fosse. Um vulto que ouvira toda a discussão. Um vulto curvado que quisera a minha fazenda a todo custo. Lester Crowley estava preocupado, sabia que o tempo estava a esgotar-se e que se nada fizesse eu iria descobrir o segredo da minha casa.


    Enquanto caminhava em direção à minha fazenda, recapitulei o que acontecera no tal “sonho”, como a Tessa lhe chamava.


    Durante aquela madrugada, enquanto dormia descansadamente, ouvi um ruído de passos na minha casa. Levantei-me, bastante sonolento, para ver o que se passava. Pensei tratar-se de um animal que se escondera ali dentro. Mas assim que cheguei à cozinha, arregalei os olhos ao ver que não era um animal, mas sim uma pessoa! E o mais estranho era a roupa medieval que trazia vestida. Parecia um cavaleiro e olhava para todo o lado com curiosidade.


    Esfreguei os olhos, incrédulo. E aquela figura já lá não estava. Talvez se tivesse escondido… Ou tivera sido imaginação minha… Na altura achei que a segunda hipótese era a mais provável, como qualquer pessoa que pensasse de forma lógica acharia. Por isso voltei para a cama. Mas agora que pensava nisso, estava arrependido pela decisão que tomei. Tinha de ter sido real! Mas não encontrei nenhum rasto quando procurei na manhã seguinte.


    Assim que cheguei à fazenda, pronto para começar as tarefas, encontrei Lester mesmo à entrada.


    _ Que coincidência! Estava mesmo à tua procura! - Revelou Lester.


    _ Coicidência? Estás aqui há minha espera à entrada da minha fazenda sabe-se lá há quanto tempo... - Comentei - A sério Lester, não estou com paciência para perder tempo, eu não te vou vender a quinta.


    _ Oh, meu caro e astuto vizinho - Começou Lester, no seu tom calmo e amigável que precedia às suas falhadas tentativas de ficar com a minha fazenda a todo o custo - Como sabes, antigamente as nossas quintas pertenciam ao mesmo dono, ao meu avô, até que, com todas as complicações da lei, se descobriu que ele não era o legítimo proprietário da tua quinta, mas sim o pai do George…


    _ A sério, Lester, não estou com tempo para isto… - Interrompi, tentando despachar a conversa.


    _ Ok, ok, eu vou direto ao assunto! - Cedeu - Dás-me a tua quinta e eu dou-te todos os meus bens, incluindo a minha própria quinta!


    Fui apanhado de surpresa. A quinta do Lester? Porque queria ele trocar quinta por quinta? Agora tinha a certeza que a minha quinta tinha algo de valioso. Não a poderia vender por nada.


    _ Esquece, Lester, eu estou bem como estou - disse.


    _ Já descobriste, não foi? - Lester ficou sério, de repente - Aquele cavaleiro revelou-te tudo, não é verdade?


    _ Cavaleiro?! Como é que tu… Andaste a espiar a minha conversa com a Tessa? - Acusei.


    Lester percebeu que fizera uma grande asneira. Permaneceu calado.


    _ O que é que sabes sobre o cavaleiro? O que é que era suposto ele me revelar? - Questionei.


    Lester limitou-se a ir embora.


    Talvez George soubesse de algo! Fui ter com ele e contei-lhe tudo, mas para meu azar, ele ficou tão confuso como eu. Decidi deixar esse assunto para mais tarde. Tinha de ir tratar da fazenda.


    *

    Lester (GGBF)

    Estava na minha casa, sentado na secretária. “As coisas estão a ir longe de mais.” - pensei - “Vou ter de passar para o plano B, da qual eu não gosto nada… Mas que alternativa tenho?”. Peguei no telefone da secretária, marquei o número e limitei-me a dizer:


    _ Preciso dos teus serviços. Livra-te do meu vizinho, mas nem penses em sequer fazer-lhe mal, sabes perfeitamente que eu detesto essas coisas. Apenas assegura-te de que ele nunca mais põe cá os pés. E lembra-te: independentemente do que aconteça, não quero ser de maneira alguma relacionado com isto!



    -----------------



    Capítulo 2 - O Rapto


    O Mafioso (GGM/GGG)


    “Que vida monótona”, pensei eu, enquanto bebia a lata de cerveja. Alguns anos antes, tudo era emocionante e cheio de ação, mas desde certa altura (referencia à paragem com os updates no Máfia) tudo desaparecera e fora substituído por aborrecimento. Agora, de quando em vez ainda apareciam “serviços”, mas raramente. A maior parte do dia era passado ali a pensar e desejar que a ação e emoção dos dias de outrora voltassem.


    Entretanto, enquanto o sol se punha, decidi ir dar um passeio pela cidade. Estava tudo calmo. Como eu tinha dito, monótono. Era raro o dia em que acontecia alguma coisa.


    Mas hoje era um desses dias… Quando eu menos esperava o meu telemóvel começou a tocar. Era alguém conhecido, já que o número estava guardado como Lester. Mas quem era esse tal Lester? Eu já não me lembrava bem… Seria o homem que me ajudou a fugir da polícia no ano passado? Ah, não! Já me lembrava! Era o meu amigo de infância, senhor boas-ações, que decidiu ser fazendeiro...


    _ Estou? - Saudei após atender.


    Ouvi atentamente, boquiaberto. O Lester a pedir-me ajuda em trabalhos sujos?! O que teria de mal o tal vizinho? Alguma coisa se passava…


    _ OK, eu alinho! - Aceitei o pedido. Não tinha grande escolha, depois dos favores prestados pelo Lester, para não falar do meu desespero por missões e da minha curiosidade pelo caso.


    -----------------


    O Fazendeiro (GGBF)


    O fim do dia já tinha chegado e todas as tarefas estavam cumpridas. Agora faltava perceber o mistério do cavaleiro. Mas, aparentemente, a única pessoa que conhecia esse mistério era o Lester, que não iria revelar nada!

    De repente, comecei a ouvir passos, quase indistintos do sons dos animais, mas como eu conhecia muito bem a minha quinta, detetei aquele ruído extra. Fiquei alarmado. Quem seria que viria cá àquela hora? Depois acalmei-me, devia ser a Tessa, um trabalhador, ou outra pessoa que precisasse de falar comigo por um motivo qualquer.


    Abri a porta, para saudar o visitante, e fiquei chocado. Diante de mim estava o vulto de alguém, de arma em riste. Os meus olhos ficaram presos na pistola, pelo que não reparei no aspeto do seu utilizador.


    Começou a ficar tudo mais e mais claro e esbranquiçado, senti-me cambalear, e depois não me lembrei de mais nada.


    -----------------


    Capítulo 3 - Sem nome


    Senhor do Castelo (GGE)


    _ Bom dia, nobre Senhor! Venho, enviado pelo Imperador do Grande Império, comunicar duas mensagens escritas por este.  - saudou o arauto - Em primeiro lugar, quer agradecer pelo ótimo serviço prestado na expulsão dos nómades. Em segundo, infelizmente estamos a ser invadidos novamente por um império estrangeiro, vindo por magia até cá, e pede a sua ajuda para os combater.


    Agradeci a mensagem e dispensei o arauto. Eu já estava habituado àquelas notícias, nos últimos tempos estávamos constantemente em guerra, acabava uma, começava logo outra. Não havia paz.


    Mas o que me intrigava era aquele império estrangeiro, aparentemente vindo de outro mundo… Como chegava até cá? Bruxaria, só podia. Especialmente aquele brilho roxo que saia em volta do castelo, seria um portal? Os meus homens nunca detetaram nada de errado lá. Quero dizer, sem ser o facto de aparecer como que por magia, mas algo não estava bem, eu sabia.


    E era desta vez que ia descobrir! Estava decidido: eu e o meu cientista mais leal iríamos sorrateiramente até ao império estrangeiro descobrir o que se passava. Sei que estava a ser imprudente, mas não podia aguentar mais sem ver com os meus próprios olhos a causa daquele fenómeno.


    Chamei o cientista. Vesti um fato de cavaleiro, e mandei-o vestir outro: assim ninguém desconfiaria que eu era o Senhor daquele castelo, atirando-se para as garras do inimigo desprotegido, pronto a ser decapitado e deixar as minhas propriedades serem conquistadas. Ele, confuso, seguiu as minhas ordens.


    Depois pegámos nos dois cavalos mais velozes. Perguntei ao cientista se sabia andar de cavalo e ele respondeu:

    _ Claro! Quem é que não sabe, hoje em dia?


    Então assim fomos. A meio do caminho, quando o cientista se apercebeu pelo percurso, qual era o destino da viagem, ficou assustado.


    _ Tem a certeza de que é boa ideia, Senhor? Não será imprudente vir assim tão desprotegido para território inimigo?


    _ Talvez - concordei - Mas agora que o fiz, não vou voltar atrás.


    Quando estávamos a alguns metros do castelo, deixamos os cavalos e fomos a pé, para não dar nas vistas. O castelo era separado do continente por um enorme penhasco circular que, ao emitir aquele brilho roxo, dava um ar imponente e assustador ao castelo.


    Assim que lá chegámos, pus-me de joelhos para ver melhor aquele brilho.


    _ Senhor, tenha cuidado! Esse lugar parece-me perigoso! É bastante imprudente aproximar-se tanto. E nós precisamos do Senhor vivo para que possa continuar a governar! - avisou o cientista.


    _ Oh, não te preocupes - disse levantando-me - eu sei o que estou a fazeeeEEEEEEEEEEEEEEEEHHHHHHH.


    _ SENHOR! - Gritou o cientista.


    Enquanto me levantava, pus o pé numa zona do penhasco que desabou, perdi o equilíbrio e caí em direção à luz roxa.


    A luz foi ficando mais próxima e mais intensa, até eu só conseguir ver roxo à minha volta. Depois começou a clarear, obtendo tons esbranquiçados.


    Quando ficou completamente branca eu comecei a sentir-me leve. Cada vez mais leve, como se o tempo abrandasse e estivesse a flutuar e não a cair. Ainda bem, porque as velocidades que estava a alcançar eram vertiginosas.


    Fiquei naquele estado que seria relaxante se a claridade não me fizesse os olhos arder - sem ilogicamente me cegar, ou talvez fosse aquilo que os cegos viam - durante o que pareceu uma eternidade, ou talvez até tenha sido muito rápido. Estaria morto? Sentia que não. O que era aquilo? Onde estava? Porque é que na minha cabeça se estavam a formar tantas dúvidas?


    Do nada estava caído no chão de uma sala bizarra.Por cima de mim estava um círculo lilás esbranquiçado, provavelmente o sítio de onde vim. Em meu redor só via objetos que não conhecia, sendo o mais intrigante aquele material que me deixava ver através, mas não me deixava passar.


    O que se estava a passar era óbvio: estava no covil de uma bruxa! Nunca vi um, mas isto era de certeza um. Tantas geringonças estranhas e impossíveis…


    Foi aí que dei atenção para aquilo que estava do outro lado do material transparente: uma porta. Não parece nada de especial, eu sei, uma simples porta. Mas não era uma porta qualquer, aquela porta estava no meio da sala e mesmo assim via uma sala diferente dentro dela! Outro portal?!


    Com a curiosidade, corri em direção a essa porta, esquecendo-me do material que me separava dela. Mas era um material frágil, já que se partiu em pedaços assim que eu bati nele.


    Arranhou-me um pouco, mas nada do que eu já não estivesse habituado. Fui a correr para a porta, que entretanto se começara a fechar. Estranho, mas não tinha tempo de pensar naquilo.


    Assim que atravessei a porta, ela fechou-se logo atrás de mim. Dei por mim numa sala velha, feita de madeira. À minha frente estava uma porta, a ser fechada por um vulto qualquer. Decidi seguí-lo.


    Esta porta era diferente, já que quando a fechei apercebi-me que o outro lado dela era uma parede. Estava agora numa sala cheia de objetos intrigantes, mas que não pareciam tão estranhos como os que vira à pouco. Vi o vulto a saltar por um buraco quadrangular meio fechado por aquele material transparente.


    Ia a correr para a janela quando reparei que à minha direita apareceu um homem a olhar-me, incrédulo. Estaquei o passo. Foi aí que me lembrei de que não tinha armas. Tinha de fugir! O homem começou a esfregar os olhos e eu saltei para o buraco quadrangular e corri o mais que pude.


  • Goncalerta (PT1)Goncalerta (PT1) Postagens: 2,787
    Estive a pensar e talvez continue esta história, porém demorará o seu tempo, por ser gigante... :p 
  • Maria Fazenda (PT1)Maria Fazenda (PT1) Postagens: 2,885

    Gonçalo, és uma mente criativa! Parabéns! :)

    Temos futuro escritor aqui!!! ;)

    E sim, continua a história pf!

  • Goncalerta (PT1)Goncalerta (PT1) Postagens: 2,787

    Gonçalo, és uma mente criativa! Parabéns! :)

    Temos futuro escritor aqui!!! ;)

    E sim, continua a história pf!

    Obrigado :smiley: 
    Se for, só como passatempo mesmo... :p Mas acho que estás a exagerar...
Sign In to comment.